Meu nome é Isabela tenho seis anos, sou uma menina muito
esperta. Tenho uma amiga que sempre está comigo, brincamos muito juntas, seu
nome é Mel, foi o que ela me disse. Mamãe não a vê, fala que ela é da minha imaginação,
mas não é, Mel é real.
Conheci a Mel quando vim morar nessa casa, me sentia muito
sozinha. Ela é muito sapeca, gosta de aprontar com todo mundo, mas a culpa
sempre cai em cima de mim, falo para a mamãe que não sou eu que apronta, mas
sim a Mel, ela não acredita.
Estou sentada na sala brincando de boneca com a Mel, ela ama
brincar disso. Mamãe fala para eu falar de sozinha, digo que não estou falando
sozinha, ela não entende. Mel ficou com raiva dela, levantou e quando mamãe foi
na cozinha rasgou as revistas, quando voltou da cozinha, ficou com raiva.
- Por que fez isso com as minhas revistas Isabela!?
- Não fui eu – falo quase chorando – foi a Mel.
- Vai para o seu quarto mocinha, ta de castigo!
- Mas foi a Mel, não fui eu.
- Não existe nenhuma Mel, agora vá para o seu quarto!
Levanto e subo as escadas para o meu quarto. Chegando lá
vejo a Mel sentada na minha cama sorrindo.
- Por que você fez isso? - pergunto para ela.
- Ela merecia – Mel responde
- Mamãe culpou eu!
- Não gosto da sua mãe, ela é muito chata, você não pode nem
conversar comigo. – Mel fala enquanto fica em pé e para na minha frente.
- Mamãe não é chata, ela só não me compreende.
- Vamos matá-la? – Mel pergunta com um sorriso em seu rosto
- NÃO! – grito enquanto me afasto dela
- Você não gosta de mim?
- Gosto, mas matar a mamãe não.
- Ela só nos atrapalha, sem ela poderemos brincar à vontade.
– Mel fala com um sorriso assustador
Saio correndo do quarto, estou com medo da Mel, olho para trás,
ela não veio atrás de mim, desço as escadas e encontro a mamãe.
- O que foi menina, viu um fantasma? – mamãe pergunta
- É a Mel mamãe.
- De novo essa Mel, já disse que ela não exis...
- Existe sim e ela disse que vai matar você!
Mamãe fica apavorada, a abraço, mas a Mel está atrás dela
com uma faca na mão.
- MAMAE, A MEL TA ATRAS DE VOCE! – tarde demais, ela enfia a
faca nas costas da minha mãe.
- O que é isso? – mamãe pergunta enquanto passa a mão no
corte feito pela faca e cai no chão.
Mel pula em cima da mamãe e começa a esfaqueá-la, Mel esta
sorrindo, o sangue se espalhando e eu não consigo fazer nada, só observo. Mamãe
morreu, Mel levanta e vem na minha direção, tenho medo dela, devia ter mandado
ela embora quando mamãe mandou, agora era tarde demais. Mel me abraça.
- Pronto, agora podemos brincar sem ser interrompidas. – ela
fala sorrindo, sua roupa esta manchada de sangue.
A porta da sala é aberta, papai entra e ve mamãe no chão morta
suja de sangue, ele fica apavorado.
- O que você fez Bela!? – ele grita
- Foi a Mel – lagrimas escorrem no meu rosto
- Não existe Mel, vou chamar a ambulância.
Depois de poucos minutos a ambulância chega, a polícia também.
Papai contou tudo o que viu para eles, a polícia me viu com a faca na mão, não sei
como foi parar comigo. Entrei no carro da polícia, papai disse que isso o machucou,
não tive culpa, fui levada embora.
Hoje estou num hospital psiquiátrico para crianças, a Mel
veio junto, já faz um ano, papai nunca veio me visitar, só tenho a Mel como
companhia.
Dani M.
Dani M.
0 comentários:
Postar um comentário